Edmilson visitando às obras do Programa de Macrodrenagem da Bacia Hidrográfica do Mata Fome (Prommaf)

Antiéticos: Barbalhos anunciam obras da Prefeitura como se fossem deles

A ética passou distante do anúncio público do governador Helder Barbalho e do ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, realizado na última segunda-feira, 30. Em campanha eleitoral para eleger o primo à Prefeitura de Belém, eles anunciaram investimentos federais em obras articuladas e já em execução pelo prefeito Edmilson Rodrigues, candidato à reeleição. O objetivo dos irmãos é usurpar o protagonismo de Edmilson e confundir a população. Eles estão fazendo isso em relação à reforma completa do Ver-o-Peso e à macrodrenagem e urbanização do Mata Fome. 

Os Barbalhos agem como se somente eles pudessem fazer obras importantes para a cidade e ninguém mais. O DOL, portal pertencente aos Barbalhos, abriu a seguinte chamada nas redes sociais: “Parceria federal e estadual garante revitalização do Ver-o-Peso, Orla de Icoaraci e Bacia do Mata Fome”. Ora, eles gostam tanto das obras de Edmilson Rodrigues, que querem tudo para eles. Nós também sabemos que o prefeito Edmilson tem obras muito boas para Belém, mas qual é sentido de fazer um anúncio de obras como se fossem deles e mais, que já estão em andamento e que a população já sabe?

Vamos repetir os fatos: A reforma completa do Ver-o-Peso, como já foi amplamente divulgado, é obra da Prefeitura de Belém, realizada pela gestão do prefeito Edmilson, com R$ 63 milhões de recursos federais, um dos investimentos prioritários para a COP 30. A reforma contempla a Ladeira do Castelo (já pronta), Feira do Açaí, os Mercados de Carne e Peixe, além da Pedra do Peixe e da feira tradicional. O governo do estado não tem nada a ver com essa obra, exceto pelo fato de estar fazendo outra obra no local, que é de saneamento e ponto final. 

Saneamento é obrigação do governo do estado, conforme determina a Lei 11.445, de 2007. O Helder levou 6 anos para fazer o saneamento do Ver-o-Peso, resolveu fazer agora, durante a reforma da Prefeitura e em período eleitoral. A gestão municipal agradece esse complemento. É bem melhor do que o estado tem feito nas ruas das periferias, em que a Prefeitura faz drenagem e asfalto para o Estado vir em seguida abrir um buraco de serviço da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa).

Outro fato é o Programa de Macrodrenagem da Bacia Hidrográfica do Mata Fome (Prommaf) já implantado pela Prefeitura de Belém. Esse é outro investimento prioritário para a COP 30, que representa uma das maiores intervenções urbanas já realizadas em Belém, que vai beneficiar diretamente 29 mil pessoas. É uma grande intervenção urbana ao longo de mais de 8 quilômetros de canais dos bairros do Tapanã, Parque Verde, São Clemente e Pratinha, com a pavimentação de vias, sendo 41 em execução; macrodrenagem; construção de 208 unidades habitacionais para o remanejamento de famílias em situação de risco; regularização fundiária na Pratinha; construção de estação de tratamento de esgoto, píer, praças, estacionamento e ciclovias; recuperação da mata ciliar, preservação de mais de 15 nascentes d’água existentes na área; capacitação de moradores visando geração trabalho e renda; e garantia de navegabilidade no local. Os investimentos são de R$ 143 milhões – sendo R$ 132 milhões do governo federal e R$ 11 milhões da Prefeitura – e mais o financiamento de R$ 300 milhões do Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata). 

O jogo baixo dos irmãos Barbalho

Enquanto Jader Filho menciona recursos federais como se fossem dele, chamando o irmão para dividir palanque, Helder invade os canteiros de obras da Prefeitura de Belém com maquinários, operários e placas gigantescas, sem licença ambiental, inventando obras em cima das obras em execução pela Prefeitura, como já ocorreu no Parque São Joaquim – situação em que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) aplicou a multa de R$ 2 milhões à  Secretaria de Estado de Obras Pública (Seop) – e no canteiro do próprio Prommaf, asfaltando ruas que já estão no escopo das obras projetadas, licitadas e em execução pela Prefeitura. As obras do governo do estado não são suficientes para a ganância dessa família.

O presidente Lula já percebeu o uso político que os Barbalho vem fazendo no Ministério das Cidades e, recentemente, retirou da pasta a atribuição de gerenciar os recursos do programa “Minha Casa, Minha Vida”, passando-a para a Caixa Econômica Federal. Eles usam de um forte controle sobre os veículos de comunicação locais para que o máximo de paraenses não tome conhecimento dessa importante derrota política sofrida pela família Barbalho.

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